quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Serafim afirma que ZFM na Região Metropolitana é ‘presente de grego’

O ex-prefeito de Manaus Serafim Corrêa, que também é economista e advogado, acaba de publicar artigo, neste blog (leia clicando aqui), no qual afirma que a extensão dos benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM) para os 13 Municípios da Região Metropolitana de Manaus é um “presente de grego”. “O Iranduba está fora da Zona Franca de Manaus. Quando as indústrias oleiras, por exemplo, vendem de lá para cá gozam de isenções. Com a extensão passarão a pagar ICMS (17%), PIS (1,65%) e COFINS (7,6%). Ou seja, no dia seguinte a aprovação o tijolo sobre de preço 26,25%”, afirma.
A expressão “presente de grego” é uma referência à Guerra de Tróia, quando os atenienses deram de presente à cidade rival um cavalo, recheado de guerreiros, que saíram à noite e atacaram a cidade, burlando a severa vigilância. Dilma estaria aniquilando a possibilidade de desenvolvimento da região. “É um equívoco monumental da Presidente que atende ao pleito de pessoas absolutamente desinformadas”, diz, acrescentando que Dilma é “pessimamente assessorada”.
Serafim lista duas outras razões críticas à extensão dos incentivos fiscais a Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Manaquiri, Autazes, Silves e Careiro. “Não há no mundo zona franca desse tamanho” e faltam, nesses Municípios, “condições, como, por exemplo, porto, aeroporto, mão de obra qualificada, repartições federais, bancos, energia elétrica, internet e telefonia”.
Quando a proposta tramitar no Congresso, segundo antevê, o senador José Sarney vai que, “já que pode estender para uma área tão grande”, zona Franca no Amapá, que é mais pobre que o Amazonas, e os senadores Jorge Viana o mesmo para o Acre, Romero Jucá para Roraima e Ivo Cassol para Rondônia. “Obrigado, Presidente, pela prorrogação, mas quanto à ampliação dos limites é mais um presente de grego do que um presente de aniversário”, conclui.

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